Amigo the Josué

Pensando se vale a pena se levantar.
-Filho. – disse uma voz.
-Quem é? – assusta-se.
-Sou eu. – disse José atrás da figueira.
-Onde você esteve?
-Ainda bem que é Você que está acordado.
-Como você está? – pergunta ao pai. -Não vai entrar?
-Estou com pressa.
Ele se levanta enquanto José mexe na sacola.
-Quem está aí? – pergunta Maria do quarto.
José coloca o indicador na boca, sinalizando o silêncio.
-Sou Eu, mãe.
José coloca uns produtos no chão.
-Pai, vem. – disse sussurrando. -Coma o bolo de mel.
-Não, meu filho. A cavalaria me espera.
José deixa a sacola encostada na figueira e sai sem acenar.
-Pai, faz tempo que o senhor não aparece...
-Eu sei. Não diga a ninguém que vim nem o que trouxe.
José desce o barranco de terra.
Ele queria se aproximar do pai para lhe dar abraço.
Josué checa a sacola.
Tem fermento, maçã, azeite, vinho;
Ele chacoalha um saco solto na figueira.
Observa que são moedas.
-Pratas!
Considera a ideia da casa da colina.
Nazaré dá sinais que desperta.

*