02 November 2008

Concílio VIII

Em Cesaréia

Prezados Senhores, é com divina satisfação que nos encontramos para avaliar as doutrinas ante a reunião de Nicéia e, portanto, devemos nos prevenir sobre as conseqüências de uma decisão errônea. Concordo, meu caro Eusébio, pois se deliberarmos por questões políticas confundiremos o povo e assim contrariamos com o Senhor Deus Pai. Sabe-se, Macário, que o bispo Alexandre é de governo soberano e conseguiu mudar a cabeça de um imperador. Prosas que nunca existiram na religião com Roma. Pois bem, se Ário está corretamente com sua doutrina por que devemos votar contra? Escute um segundo, Eustáquio: Sabemos que Deus veio a Terra e se vestiu de Jesus... Pois é nesta questão que concordo com o Padre Ário, bispo Eusébio, pois Deus usou Roma como instrumento de uma realização a que Jesus, sendo a encarnação, não poderia consumir da salvação esperada, portanto Senhores, acredito que Deus usou Jesus como o seu instrumento para a salvação, mas não foi o bendito. Como ousa dizer isto, Eustáquio? Como achas que estou contra sua vontade se a verdade será decidida em votação humana? Calma Eustáquio, aquém está Pedro ouvindo nossas incertezas da luta deste negócio que seguirá por mais de mil anos. No entanto, defina-se que Atanázio prende os pagãos, bota-os em forca, ameaça quem desvia dizeres de sua doutrina... Este bispo não é da bondade, caro Eusébio. Atanázio está perfeitamente correto, pois ninguém está certo do que é e o que pode ser dito. Mas forçar o povo prejudica a diocese. E mais além vos digo, sofremos demais, muitas perseguições, mortes, e agora que o Império está conosco afirmo que Atanázio já está à nossa frente, pois após a reunião de Nicéia ninguém mais poderá andar contra a religião! Negócio fechado, a doutrina de Alexandre vence. Diga-se claramente, Eustáquio, por decisão da igreja de Alexandria que a doutrina é de Atanázio. Compreendido.

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