11 April 2008

Concílio VI

Em Roma

Carta do Bispo Alexandre ao Senhor. Deixe na mesa. O monsenhor Domini está aqui para vê-lo. O que será que ele quer? Não quis adiantar e disse que era só com o Senhor. Sei, sei, deixe-o no jardim me esperando e ofereça-lhe algo para beber e petiscar enquanto apronto-me. Sim, Senhor Constantino.

Domini, que surpresa o traz aqui no palácio? Caro Senhor Constantino, desculpe-me pela audácia de vir sem avisá-lo. O que ocorre caro Domini? Senhor, recebemos a visita de Padre Ário em nosso culto. Humm... Sente-se, sente-se, continue. Ele leva certezas importantes em sua doutrina e comunicou-nos a seu modo cristão o jeito de amar e adorar a Cristo. Esse Padre está atravessando a fronteira. Disse-nos que Jesus não poderia ser Deus porque foi Deus quem concebeu Maria e supostamente não poderia conceber e assim entrar na barriga e nascer em nove meses... Besteira, o Padre está passando dos limites do Bispo de Alexandria e ferindo a doutrina real da fé de que Deus veio em carne para averiguar e salvar o seu povo. Ele salientou também, caro imperador, que o Sol Invictus é a maior certeza de que Deus é único e soberano, porém trouxe aqui o seu melhor homem para tornar a sabedoria humana em divindade... Domini, Domini, Domini, o Sol de Aurélio é permanente assim como Deus e a luz do mundo foi representado por Jesus. Sei Senhor Constantino, mas acontece que os fundamentos do Padre Ário estão ligados à divindade do Jesus como homem subordinado de Deus. Esqueça isso, Domini! Mas Senhor Constantino, deixarei bem claro que minha posição é de confiança na doutrina de Ário e que os devotos do Deus Sol... Uma coisa é simples Domini, diga aos amigos que Padre Ário é o demônio, o inimigo que quer ferir a imagem de Deus. Mas Senhor, minha posição é que... Esqueça Domini, esqueça o padreco.

1 Comments:

Blogger T. Greguol said...

Esquece o padreco pq esse já era!

15/4/08  

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