29 June 2009

In Coma

Joel escuta e quer chegar ao canto. Beirando o rio se depara com uma árvore imensa, de tronco gordo, de galhos fortes e distantes do centro, poderosa e de folhas verdes escuras, com ramos de cores vegetais, que contém uma espécie de cortina feita por cipós finos. É de lá que vem o canto. Joel observa que há uma mulher maravilhosa embaixo da árvore cantando. Ela, de vestido transparente, tem um corpo definido com pernas bonitas, seios arredondados e firmes, cabelo negro na altura dos quadris e uma coroa de flor na cabeça, dança pelos cipós, tocando-os e abrindo os braços. A mulher canta vogais e sílabas afinadas e dança levantando o vestido, rodando-o. E se aproximando mais da barreira de água que os separam. Ele repara nos seus lindos olhos caramelos (castanhos claríssimos), na perfeição do seu nariz, na pele branca neve e na boca rosada. Ilhada dentro do espaço de tronco da árvore e de terra coberta da sombra dos finos cipós caídos dos galhos, ele fica paralizado.

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