Anotações do Romancista
O quintal da Torre é o teto. Aberto. Sem cobertura.
Um bom respiro, aberto para captar o sol, sentir o vento gelado, passar o dia observando o povoado, tomar chuva, pensar na vida. Esse é o quintal da Torre.
Nada além da torre será maior.
Ela é o próprio teto.
Ninguém olha pra torre.
Ela está lá. Parada no mesmo lugar.
Ninguém olha para a torre.
A Torre não deixa.
Os bebês observam, crescem, vê que ninguém olha pra torre, aprendem que aquilo que está lá é inválido.
As aves aprendem que não se deve pousar no teto da torre.
Percebem que ali jamais pousa uma ave. Ela morre depois.
As vacas olham pra torre, mas voltam a pastar.
O povoado sai de casa, curva-se para a torre.
Quem não faz o gesto pode virar escravo.
Alguém testemunha e dedura.
Ou a Torre mata.
*
Um bom respiro, aberto para captar o sol, sentir o vento gelado, passar o dia observando o povoado, tomar chuva, pensar na vida. Esse é o quintal da Torre.
Nada além da torre será maior.
Ela é o próprio teto.
Ninguém olha pra torre.
Ela está lá. Parada no mesmo lugar.
Ninguém olha para a torre.
A Torre não deixa.
Os bebês observam, crescem, vê que ninguém olha pra torre, aprendem que aquilo que está lá é inválido.
As aves aprendem que não se deve pousar no teto da torre.
Percebem que ali jamais pousa uma ave. Ela morre depois.
As vacas olham pra torre, mas voltam a pastar.
O povoado sai de casa, curva-se para a torre.
Quem não faz o gesto pode virar escravo.
Alguém testemunha e dedura.
Ou a Torre mata.
*
Labels: Avadjez
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