In Coma

Outro ronco pesado o assusta. O barulho é um estrondo gigantesco e se mantém num infinito decrescente, que se esvai pela claridade branca do céu daquele lugar. Rumo à caverna, Joel questiona o que este lugar pode realmente ser: Pra quê tanta gente sem fazer nada, vagando pelos espaços, trocando informações vazias, cheias de mistério? Por que Deus deixaria uma organização funcional acolhendo indivíduos em seu quintal? Pra que separar os homens deste lugar e os selecionar em escalas graduadas de uma hierarquia? Por que as pessoas estão vivas aqui? Por que prendeu Íris na ilhota? Outro ronco, mais duro, mais forte, ultrapassa o delay do último. Será que chove neste lugar tão claro? Há uma caverna próxima e por via das dúvidas resolve se recolher, mas crê que é mais um grande momento.

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