17 May 2011

Amigo the Josué

Na volta do segundo ato da Odisséia,
Ébano se levanta e um barulho troveja pelas ventas.
O povo abre uma roda. O odor se alastra.
Uns se abanam e outros reclamam.
Os meninos tentam acalmar os nervos.
O alvoroço é manifestado.
O povo olha para a direção do tumulto.
-É da turma de Silvanus – sussurra um fariseu.
Os espectadores preferem sangue à peça.
Um grita aos soldados e o xinga.
-Foi ele! Foi ele! Seu Pervertido.
Ébano se esquiva e Josué o tira da confusão.
Dois soldados agarram Ébano por trás.
O amigo the Josué se borra de excremento.
Os dejetos vazam pela perna.
Herodes chega ao trono e o povo clama.
O cheiro fica mais terrível.
Os atores param a cena e reverenciam o imperador.
O soldado puxa a espada.
O povo grita: - Viva Herodes! e aplaude.
E Josué com os meninos tentam salvar o amigo.
O soldado franze a testa e enfia na barriga de Ébano.
Josué é segurado pelos amigos.
O soldado mexe a espada pressionando o beiço.
O povo comemora. Herodes pede silêncio.
A peça vai continuar. Josué vê o sangue de Ébano.
Ele sente batata-doce no sangue que escorre da boca.

*

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