04 November 2010

Amigo the Josué

Quatro atores encenam a Odisséia no palco.

A cadeira para Herodes está reservada e vazia.

O povo mais próximo escuta melhor a cena.

Penélope está com a mão no ombro do filho.

Telêmaco, sem camisa e túnica, escuta o pretendente de sua mãe.

O personagem é Eurímaco, o pretendente.

-“Senhor és do Palácio, e enquanto a pátria for habitada, príncipe, não temas...”

Os meninos estão pouco se lixando para a peça.

Mas Ébano está nervoso devido as batatas-doce.

-Não estou agüentando – sussurrou Ébano à Ele.

-Solte silenciosamente.

-Não vai dar, vai ser uma explosão.

Entra em cena Minerva disfarçada de rei Tafos, Mentor.

Um ator segura Vésper por um pau fino no alto da cena.

Telêmaco tira a túnica, fecha uma parte da cortina preta,

Deita-se na cama e se cobre com lã de ovelha.

Outra parte da cortina se fecha pelo ator que segura Júpter.

A estrela D’alva sai de cena pelo lado do público.

O povo aplaude o fim do primeiro Ato.

-Solta! Solta agora! – sugere Ele.

Ébano fecha os olhos e solta aliviado, sacode a vestimenta.

-Não mexe! – Diz Ele – Vamos andando e deixa vazar.

-Quente pra Satã. Sinta, Josué.

Ninguém ouviu a flatulência. Eles caminham entre as palmas.

Mas o odor deixa rastro.

*

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