30 January 2012

N'amour the Josué

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Raquel jamais percebeu que algo especial havia Nele.
Ele era apenas mais um garoto; do sexo masculino.
Na escola não brincaram juntos antes dos onze anos.
Nas terras empoeiradas de Nazaré jamais se encontraram.
Nas festas familiares jamais cruzaram os olhos.
Apesar da idade infantil adequada, Sarah não O viu.
As meninas não O mencionavam.
Talvez por Sua sábia ousadia de observar; ou
Talvez por Seu interesse em roubar e enganar.
Talvez por ser menino; judeu; machista.
A primeira vez que se viram foi quando Josué fez doze.
Raquel colhia figo com outras meninas e mulheres.
A carroça de Gaio se aproximou com carne ovina.
-Boa tarde, senhoritas! – freia o jumento.
Tábata limpa o suor da testa e oferece fruta da cesta.
Ele encontra os olhos de Raquel e pega dois figos.
-Faremos um caldo fresco a noite e estão convidadas.
-Obrigada, Gaio. Provarei do suco com certeza.
Ébano morde a fruta e Raquel O olha novamente.
É a primeira vez que o amor cutuca as crianças.
Gaio segue adiante com a carroça;
Tábata determina o fim da colheita;
Raquel O vê como interessante pretendente.

*

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