21 December 2012

N'amour the Josué

Quinti }

Amanhece o domingo e Ele come bolo de mel.
Pensa em Raquel.
Conversa com a alma do pai.
Esquece o final da noite anterior.
Lembra que os meninos combinaram meio dia.
Eles irão para a casa da colina com moedas.
Com vinho Ele havia confirmado presença.
Sem vinho Ele sente o toque da boca de Raquel.
Maria O observa sonolenta pela porta dos fundos.
Josué sentado no barranco do quintal cospe forte.
Ele cutuca os dentes com gravetos da moita.
-Você não dormiu ainda? – pergunta a mãe descabelada
Ele confuso sorri enquanto Maria coça um olho.
O vento matinal mexe a figueira do quintal.
Ele encara a árvore que dança na brisa.
Maria arruma a franja da testa e diz entrando:
-Sarah me disse que Raquel te acha um anjo.
-Quê? – espanta-se Ele – O que disse?
-Ela te acha um messias, um líder, um príncipe.
Ele sente um gosto ruim na garganta.
O Seu cérebro incha, seu coração queima.
Josué entra na casa e se deita novamente.
Maria prepara o fogo pro pão.
Ele mexe o genital e imagina o peito de Raquel.
Ele pensa na boca dela tocando o Seu beiço.
Ele age rapidamente e explode de emoção.
Segura a meleca da mão e relaxa.
Maria prepara o chá e pensa quando O vê deitado:
-Anjo lindo. Seu pai terá orgulho quando voltar.
Ele tenta respirar lentamente; Finge que dorme;
Percebe que não vai levar a meleca tão longe;
Esfrega toda a riqueza nas coxas peludas;
Ama Raquel.

*

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