Amigo the Josué
Tibério reservou uns quilos a mais de sardinha.
Sarah pegou seis tonéis de vinte litros de seu armazém.
Os convidados levarão outros petiscos e refrescos.
Raquel cuidou dos enfeites de panos e folhas de palmeira.
Todos se preparam para essa festa anual.
Dona Maria, a mãe Dele, recebe a visita de Ébano.
Ela o convida a experimentar o bolo de mel.
Sem fermento.
Recusa, agradece e Ele vem.
-Você tomou banho de alfazema? – brinca o amigo.
Dona Maria concorda, acha que o filho exagerou um pouco na dose perfumada.
-Leva Tiago? – perguntou Dona Maria.
-Você virá, mãe?
-Costurarei primeiro e se acabar mais cedo irei. Leva Tiago.
Na festa da união de Sarah e Tibério quase toda Nazaré está.
Os amigos de pesca e os comerciantes levam suas famílias.
Os soldados do Império ficam de longe observando a movimentação de quem vem de fora.
A festa é uma das poucas que existe na cidade e todos sabem a data exata.
Raquel arruma a mesa quando Ele, Tiago e Ébano surgem.
Alguns meninos de escola anunciam a chegada.
Nael por sua vez está segurando um cantil de barro.
-É vinho, Josué!
Ele faz a cara de espanto.
Adultos não gostam de ver menor de idade beber vinho, mas hoje pode.
Ébano pede um gole.
Tiago já encontrou os amiguinhos que estão correndo.
Raquel O vê e O chama.
-Tenho um segredo muito bom pra você.
-O que é? – Ele fica ansioso.
-Depois eu te conto. Estou arrumando a mesa para colocar as sardinhas assadas, o challah e o charoseth. – disse ela com um sorriso lindo.
-Mas eu quero saber. – insiste Ele.
-Você tem que saber. – disse arrumando os copos. –É preciso que você saiba.
Sarah, a mãe, a chama.
Num gesto, rodando o dedo indicador, ela avisa que depois contará.
Os meninos estão conversando e passando o cantil de barro.
Quando Ele chega, Braiim está contando uma estória que ouviu sobre o Imperador Tibério.
Ele diz que o imperador faz graça com os soldados romanos.
-Como assim ‘graça’? – pergunta Halem.
-Deitam-se? – atravessa Nael.
Braiim concorda com a cabeça.
Silvanus inicia a gargalhada geral.
Ébano oferece o cantil para Ele, que nega com a palma da mão.
-Aceita, é uma festa!
Ele aceita porque é Ébano que oferece, se fosse outro não aceitaria.
Braiim continua dizendo que um soldado se deita com a mulher do imperador.
-Ele não pune, ele assiste. – disse Braiim.
-Eca! – sente ânsia Nael. –Como pode existir alguém assim?
Enquanto todos conversam, o primeiro gole no vinho lhe dá um prazer inexplicável.
Talvez pelo momento da atração que sente por Raquel.
Mas o vinho desce suave.
Sente o aroma doce da uva.
Bebe o último gole do cantil e entrega a Silvanus.
- Vazio? – disse Silvanus.
-O último que bebe tem que encher. – disse Nael.
Ébano afirma com a cabeça. Ele ri.
-Você me deu no final, Ébano. Mas vou buscar.
-Disfarça, Josué. – disse Ébano.
Caminha entre os numerosos convidados, observa que ninguém repara.
Ele abre a tampa e Raquel se aproxima do barril.
-Você também bebe vinho! – disse Raquel admirada.
-Comecei agora, pra falar a verdade.
-Eu adoro vinho, mas bebo escondido.
-Se você quiser arruma um cantil, que a gente vai lá para trás e bebe junto. – sugere.
Ele tem o coração batendo forte, mas controla a emoção.
‘Ai, Elias, ajudai-me nessa conquista, porque tu és o filho de Deus, meu salvador.
Se eu conseguir o amor de Raquel serei grato pelo resto de minha vida.
E lutarei por teu nome, como lutastes por nós’, pensa tomando uma quantidade maior de vinho.
-Hei, menino. Está bebendo vinho? – disse Atenaeu, vizinho Dele.
-Estou, hoje é uma festa.
Atenaeu concorda permitindo a ousadia da resposta rápida.
Ele poderia muito bem ter dito que era refresco de damasco.
Mas nunca faltou com a verdade.
*
Sarah pegou seis tonéis de vinte litros de seu armazém.
Os convidados levarão outros petiscos e refrescos.
Raquel cuidou dos enfeites de panos e folhas de palmeira.
Todos se preparam para essa festa anual.
Dona Maria, a mãe Dele, recebe a visita de Ébano.
Ela o convida a experimentar o bolo de mel.
Sem fermento.
Recusa, agradece e Ele vem.
-Você tomou banho de alfazema? – brinca o amigo.
Dona Maria concorda, acha que o filho exagerou um pouco na dose perfumada.
-Leva Tiago? – perguntou Dona Maria.
-Você virá, mãe?
-Costurarei primeiro e se acabar mais cedo irei. Leva Tiago.
Na festa da união de Sarah e Tibério quase toda Nazaré está.
Os amigos de pesca e os comerciantes levam suas famílias.
Os soldados do Império ficam de longe observando a movimentação de quem vem de fora.
A festa é uma das poucas que existe na cidade e todos sabem a data exata.
Raquel arruma a mesa quando Ele, Tiago e Ébano surgem.
Alguns meninos de escola anunciam a chegada.
Nael por sua vez está segurando um cantil de barro.
-É vinho, Josué!
Ele faz a cara de espanto.
Adultos não gostam de ver menor de idade beber vinho, mas hoje pode.
Ébano pede um gole.
Tiago já encontrou os amiguinhos que estão correndo.
Raquel O vê e O chama.
-Tenho um segredo muito bom pra você.
-O que é? – Ele fica ansioso.
-Depois eu te conto. Estou arrumando a mesa para colocar as sardinhas assadas, o challah e o charoseth. – disse ela com um sorriso lindo.
-Mas eu quero saber. – insiste Ele.
-Você tem que saber. – disse arrumando os copos. –É preciso que você saiba.
Sarah, a mãe, a chama.
Num gesto, rodando o dedo indicador, ela avisa que depois contará.
Os meninos estão conversando e passando o cantil de barro.
Quando Ele chega, Braiim está contando uma estória que ouviu sobre o Imperador Tibério.
Ele diz que o imperador faz graça com os soldados romanos.
-Como assim ‘graça’? – pergunta Halem.
-Deitam-se? – atravessa Nael.
Braiim concorda com a cabeça.
Silvanus inicia a gargalhada geral.
Ébano oferece o cantil para Ele, que nega com a palma da mão.
-Aceita, é uma festa!
Ele aceita porque é Ébano que oferece, se fosse outro não aceitaria.
Braiim continua dizendo que um soldado se deita com a mulher do imperador.
-Ele não pune, ele assiste. – disse Braiim.
-Eca! – sente ânsia Nael. –Como pode existir alguém assim?
Enquanto todos conversam, o primeiro gole no vinho lhe dá um prazer inexplicável.
Talvez pelo momento da atração que sente por Raquel.
Mas o vinho desce suave.
Sente o aroma doce da uva.
Bebe o último gole do cantil e entrega a Silvanus.
- Vazio? – disse Silvanus.
-O último que bebe tem que encher. – disse Nael.
Ébano afirma com a cabeça. Ele ri.
-Você me deu no final, Ébano. Mas vou buscar.
-Disfarça, Josué. – disse Ébano.
Caminha entre os numerosos convidados, observa que ninguém repara.
Ele abre a tampa e Raquel se aproxima do barril.
-Você também bebe vinho! – disse Raquel admirada.
-Comecei agora, pra falar a verdade.
-Eu adoro vinho, mas bebo escondido.
-Se você quiser arruma um cantil, que a gente vai lá para trás e bebe junto. – sugere.
Ele tem o coração batendo forte, mas controla a emoção.
‘Ai, Elias, ajudai-me nessa conquista, porque tu és o filho de Deus, meu salvador.
Se eu conseguir o amor de Raquel serei grato pelo resto de minha vida.
E lutarei por teu nome, como lutastes por nós’, pensa tomando uma quantidade maior de vinho.
-Hei, menino. Está bebendo vinho? – disse Atenaeu, vizinho Dele.
-Estou, hoje é uma festa.
Atenaeu concorda permitindo a ousadia da resposta rápida.
Ele poderia muito bem ter dito que era refresco de damasco.
Mas nunca faltou com a verdade.
*
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