29 December 2006

Seres Vivos

A questão sempre foi citada na mesa, em todos os legados a discussão ofendeu a lei dos céticos sobre a natureza do gênesis, bem como o início da criação e a classificação do reino. Por uma infecção bucal de um dos nossos membros a pauta sobre a vida foi determinada como urgência. Integramos a existência como importância extrema em todos os aspectos e em qualquer origem, meio ambiente e dimensões. Ao que se coloca a vida em sentido mais óbvio, não dependendo apenas da categoria a que se refere o ser humano, seja ele macaco ou robô.
Ser vivo quer dizer aquilo que nasce, cresce, reproduz e morre. Ponto. Aprendizado de escola primária, 2º ou 3º série. Portanto são excluídos da classificação seres impossíveis de provação – e aí entra a injustiça com o pessoal do espiritismo, crêem que o mundo dos vivos é governado pelo mundo dos mortos. Tira-se a alma em sentido vital de relação. Para morrer basta ser vivo. Cadê o espírito das bactérias?
A infecção bucal do membro causou espanto perante as semanas em que participou das reuniões, discutindo com lápis e papel por precisar permanecer calado. Sentia efervescência e formigamento na gengiva superior, o que diagnosticou foi mesmo causado por seres vivos. Pequenos, invisíveis, mas vivos. Os micróbios, também estiveram na festa da boca de nosso membro e fizeram uma grande baderna causando um bom estrago com os germes e bactérias do reino monera.
Crer que só a vida humana interessa aos destinos, nos faz ficar ilhados numa conclusão sem tomar conhecimentos de fatores ao nosso redor. Veja o bicho de goiaba: alguma mosca o deposita, ele se desenvolve na goiaba, nasce na fruta e se alimenta dela, depois cresce procurando outros lugares dentro da fruta e assim morre, e sempre na goiaba. Lógico que não precisamos do bicho de goiaba, mas ele é uma vida (e estraga a nossa goiaba).
Seria egoísta pensar que os seres da Terra são exclusivos de nossa evolução e que nenhum outro planeta tem a capacidade de conter seres tão vivos. Dizer que em Saturno pode ter vida e no sol não, nos obriga a relacionar diretamente com a ignorância invisível, aquela que nos pertence sem que percebamos. Os seres vivos nascem com fome e se relacionam com as suas descobertas, se instalam quando reconhecem seu habitat, sentem medo e frio; crescem com a obrigação de se alimentarem e procurarem sua comida devorando outros seres; se reproduzem, encaram a excitação e sentem a necessidade de copular, procuram outras razões para o estímulo ser contínuo (exceto o macho da aranha, que morre depois do sexo); e morrem para se tornarem alimentos de outros seres, se encaixam a sete palmos da terra, geram outras vidas, criam outras civilizações, fósseis que se perdem nos grãos, mas que favorecem a terra. Pode ser que em Marte tenha outro tipo de existência, comparando seus gases e sua água. Pode ser que na Lua também tenha, pode ser que no Sol, nos cometas e nas diversas estrelas rodeadas por outros planetas. Fica difícil distinguir ou recriar como será a vida externa, mas com um mínimo de realidade e consciência descobrimos não só a variedade de vida de nosso meio como a diversidade que pode habitar outros planetas e esferas.

0 Comments:

Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]

<< Home